Há casos estranhos e este é um deles. Lá para outubro do ano passado perguntarem-me se vendia duas camisolas: uma muito antiga, outra a do Coates da Missão Pavilhão. Achei estranho, porque são coisas muito diferentes mas dei um preço para a do Coates, o qual era um preço mais que razoável tendo em conta a camisola que é. Não houve resposta, mas tempos depois voltaram a perguntar-me pela camisola, uma segunda pessoa. Fiz o mesmo preço mas notando que uma outra camisola do jogo Missão Pavilhão tinha estado à venda por muito mais. O comprador aceitou, tínhamos tudo apalavrado, mas já depois disso ele diz que afinal dava menos. Tentou a sorte a ver se pegava.
Mas não pega. Eu só tenho uma palavra e não negoceio com artistas que dizem uma coisa e depois voltam atrás. A pessoa voltou atrás e aceitou o negócio original… mas eu não.
Uma semana depois outra pessoa pergunta por 3 ou 4 camisolas, uma delas… a do Coates. Eu dei o preço, que para a do Coates era o mesmo de sempre. E não é que o rapaz diz que está com pouco dinheiro etc e tal, e fica só com a do Coates? Não sou parvo, e recusei.
E mais uma semana, e tive uma oferta direta… pela camisola do Coates. A oferecer menos do que eu pedia mas mais do que o artista original queria pagar. Ena! Eu expliquei que sim, mas o preço era XXX – bem alto, e se me voltassem a perguntar seria ainda mais alto.
Agora, o comprador original que tinha perguntado pela primeira vez, voltou à carga a dizer que afinal agora voltava a ter interesse. Eu dei o preço XXX – alto. A pessoa diz que estranha o encarecimento súbito… deve ser mesmo muito estranho.
E não é que um dia depois uma quinta pessoa me pergunta por uma série de camisolas antigas, mas daquelas extraordinárias com 20 ou 30 anos, e…. pela do Coates?
Será que é de responder?
Acho que sim. Mas essa camisola, com 5 potenciais compradores, deve ter alguma coisa de extraordinário e valer uma fortuna. Pelo menos! O preço da camisola do Coates, a partir de hoje, é €1000. Quem não quiser não compra, quem quiser, compra.
Mas vou continuar a não negociar com quem tem duas faces (ou três ou quatro ou cinco), portanto reservo-me o direito de só vender a quem eu quiser.