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As nossas criadas – tem a palavra a Leôa

De um Boletim do SCP de 1944. O Sporting nunca foi um clube elitista… nãããããooooo. Que ideia.

As nossas criadas – tem a palavra a Leôa

É sabido que quando duas senhoras se visitam ou se encontram na rua, há um assunto sobre que, quási sempre, as senhoras conversam largamente: as criadas.

E, quanto uma ou outra tem que se regozijar por ter tido a sorte de encontrar uma criada de boas qualidades, a maioria tem, quási sempre, que se lamentar. Assim é, de facto.

As nossas criadas são invariavelmente originárias da lavoura. Como podem essas mulheres, ignorantes, incultas, habituadas aos rudes misteres do campo, na sua maioria desconhecendo  as mais ligeiras noções de higiene e de asseio, ser investida do pé para a mão nos serviços de cosinha ou de fora?

De qualquer forma, a criada é um problema complexo para nós, donas de casa. E, porque o é, as minhas queridas «leôas» que me perdôem se eu tenho a ousadia de lhes dar um conselho: – O de serem para com as criadas da maior exigência na limpeza e higiene a que têm que se submeter individualmente e nos serviços que lhe competirem.

Dessas nossas exigências Deus sabe quantas vezes depende a saúde e até a vida dos que nos são queridos.

as-nossas-criadas-1944

Lagartos

A história já foi em parte contada noutros sítios, mas para que não fiquem dúvidas vou meter aqui a origem primeira da palavra “lagartos” aplicada a sportinguistas, o que nunca vi em lado nenhum da net. Lembrem-se que viram primeiro no verdebranco.net!

A 29 de Janeiro de 1951, foi aprovado em Assembleia Geral do SCP um plano financeiro cujo objetivo era financiar a construção do Estádio José Alvalade. O plano incluía uma subscrição reembolsável, com mínimo de 10 escudos, que seria reembolsado nos anos seguintes à medida que fosse sendo possível.A primeira menção a "lagartos": 10 de Fevereiro de 1951, Jornal SportingJá no Jornal Sporting de 10 de Fevereiro se menciona que “alguém com notável espírito de humorismo apelidou os títulos de «LAGARTOS»”, e propõe-se que essa designação seja adotada “para mais fàcilmente a propaganda atingir os seus objectivos”.A segunda menção a "lagartos": 17 de Fevereiro de 1951, Jornal SportingNo Jornal Sporting seguinte a denominação fica adotada, e aparece a frase curiosa: “felicitamos todos os «lagartos» por preferirem os «LAGARTOS»”, o que quer dizer que o nome “lagarto” era já usado para denominar os sportinguistas.Lagartos a 24 de Fevereiro de 1951, Jornal Sporting

A palavra pegou, tornou-se popular, e assim ficou durante muitos e muitos anos. Acabou por se tornar insulto, mas a razão é clara: é que nós construímos o nosso estádio sem ajuda e favores, pela generosidade e grandiosidade dos sportinguistas – os «lagartos» de então – e clubes habituados a ganharem por influênciase compadrios escuros ficam com uma inveja desesperada tal, que transformam o nobre em ignóbil. É esse o “talento” de quem é ignóbil – suja tudo aquilo em que toca.um lagarto de 10 escudos

Dr. Albino Aroso

Há duas semanas morreu o Dr. Albino Aroso, um médico humilde e de mérito cujo trabalho foi grandemente responsável por reduzir a taxa de mortalidade infantil em Portugal. Muitos de nós não estaríamos aqui sem ele. Foi o o único médico português incluído num livro da Associação Médica Mundial sobre os 65 profissionais de saúde “mais dedicados” do mundo. Não teve direito a notícia nem luto, e não parece que vá para o Panteão.

Aqui fica a história deste português, exemplo para todos nós.

http://visao.sapo.pt/albino-aroso-retalhos-da-vida-de-um-medico=f762995