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Amigo

Outra camisola com uma história. É do Beto, de 1999/00, e ainda por cima até se sabe de que jogo! Fui eu quem a fui buscar e fiz o negócio (a uma hora que normalmente já estou a dormir, mas era a única hipótese!), mas mesmo não tendo este modelo, a camisola foi para o meu amigo Ivo do Sporting Lisbon Shirts – Camisolas do Sporting Clube de Portugal. Foi ele quem a viu primeiro e ele quem combinou tudo, e aí, não há questão nenhuma de para quem fica :)

Amigos

Estas são duas camisolas espectaculares! Em princípio são completamente diferentes. Uma é uma camisola alternativa do futsal do Sporting, do Deo de 2006/07. Outra é muito mais antiga, é uma camisola feita pela casa portuguesa Atleta, e é do início dos anos 1980, provavelmente 1982. Vejam lá então:

Em primeiro lugar: sim, o patrocinador do futsal em 2006/07 foi mesmo o “Aleluia Cerâmicas”, a camisola está certíssima!

Em segundo lugar, conheço uma pessoa ligada à família que fez a casa Atleta. As três estrelas representam três irmãos leais. Para além de coleccionador de camisolas, é um grande sportinguista, e aqui está a prova, uma foto dele com uma camisola da marca Atleta, ao lado do Capitão Manuel Fernandes em 1982!

Athleta-Manuel-Fernandes

Mas então, o que é que estas camisolas têm em comum? É simples – amigos. Nesta vida de coleccionador de camisolas, encontra-se de tudo, mas se há o lado mau, há o lado fantástico, quando aparecem pessoas que valem a pena. O lema do verdebranco aprendi-o com o meu amigo Nuno Ruivo, que conheci por causa de uma certa camisola do Rui Jordão: “Camisolas há muitas, amigos há poucos”. E o mesmo se passou agora. Foi o meu amigo Luís Gomes, português radicado no Brasil, coleccionador de camisolas do Benfica, quem encontrou estas duas camisolas no Brasil, e as conseguiu para mim. Sem a sua ajuda nunca as teria. As camisolas são excelentes, mas ainda melhor é o gesto de ajudar sem nada ganhar, apenas pelo gosto de o fazer. E finalmente, tenho que agradecer ainda ao meu amigo Paulo José, coleccionador de camisolas de guarda-redes, do Benfica mas também de outros clubes, que foi quem me fez chegar as camisolas às mãos!

Um enorme e sentido obrigado fica aqui registado!

Olha as camisolas listadas

Pois, há um ano e meio descobri a verdadeira estreia das camisolas listadas em 6 de Novembro de 1927, que o Jornal Sporting depois publicou no Jornal Sporting de 18 de Abril de 2013. Voltou a fazê-lo, e muito bem, na edição de 4 de Julho.

Descobri agora mais uma achega, que é, as camisolas listadas continuaram a ser utilizadas de forma esporádica em 1927/28, ainda antes da tal digressão ao Brasil. Por ex., a foto em baixo do jornal Os Sports, é de um jogo contra o Porto 31 de Janeiro de 1928.

camisolas listadas contra o Porto 31 de Janeiro de 1928

A história completa está no verdebranco, pois então: http://www.verdebranco.net/novas_camisolas/2013/verdadeira-estreia-das-camisolas-listadas.html

A turma de verde/verde

Já há muitos anos que apareceu o buraco verde nas costas das camisolas. Antes, no antigamente, havia um número preto, em feltro ou em pano, por cima das listas. depois, para se ver melhor começaram a ter um quadrado de pano branco por cima do qual coziam o número. O quadrado era o mais pequeno possível!

Com a Adidas o pano foi substituído por uma interrupção das listas, o mais pequena possível para meter o número.

Foi com a Reebok que apareceu o buraco mesmo buraco: foi em 2004/05, e era um buraco branco, enorme.

No ano do Centenário não houve buraco, tivemos camisolas praticamente perfeitas.

Com a Puma, o buraco instalou-se de forma quase definitiva, em verde, enorme. Com listas interrompidas, em geral apenas com uma ou duas listas no fundo das costas. Muito feio, tal como quando a Reebok o fez, mas pelo menos o Sporting em diversas épocas vendeu camisolas listadas puras. Nem sempre, mas muitas vezes.

Em 2011/12 e 2012/13, nas competições nacionais as camisolas foram de novo perfeitas, listadas puras. Na Europa a UEFA não deixa (há filhos e enteados), e lá havia o buraco. A verdade é que com o número negro modelo da Liga em cima das listas, via-se mal. à distância no estádio, ou na TV, não se via nada. Mas eram lindas.

No último ano da Puma voltou o buraco verde, com duas listas no fundo. Mas havia uma versão listada pura à venda, a camisola comemorativa da Taça das Taças.

Este ano, com a Macron, temos um buraco verde puro, que, tal como os buracos negros engolem toda a uz, este engole todo o branco. Não há lista nenhuma, são mesmo costas totalmente lisas. Nunca antes tivemos isto.

E não, não gostamos, nem eu nem ninguém, à parte provavelmente da UEFA. Aliás, com os calções verdes, já faltou mais para equiparmos com cor única – totalmente de verde, sem listas. Passaremos a ser “a turma de verde/verde”.

Macron 2014/15

Esta foto só é possível devida ao meu amigo Hugo Costa, que como eu também colecciona camisolas. Enviou-me com uma Missão à Loja Verde no dia da sua inauguração depois da remodelação, a 4 de Julho de 2014: trazer uma camisola de cada! Listada, Stromp, a alternativa!

E, num gesto de amizade que não se recusa, ofereceu-me uma quarta camisola, a de guarda-redes. Fica aqui não apenas o meu agradecimento, mas também o sentimento que num mundo cão como o coleccionismo muitas vezes é, nem todos são iguais. Amigos há poucos, camisolas há muitas!Macron-Sporting-2014-15-equipamentos

LV-04Jul14-1

Lagartos e lagartixas

Já tinha falado aqui da origem do termo “lagarto” aplicado aos Leões. Bem, em Novembro de 1970 ainda era usado no Jornal Sporting.

E a mensagem ainda está muito actual: “O sacrifício e auxílio dos lagartos e lagartixas de hoje concede-lhes o direito de no futuro dizerem “Também contribuí para isto estar assim! Num movimento de íntima congregação de esforços e dar ao Clube alguma coisa que permita prosseguir nesta rota encetada a favor do Sporting do Futuro.”

lagartos-e-lagartixas

A minha camisola verde-branca bipartida…

…não a conservo e tenho pena, disse Jorge Leitão em 1958. E continuou:

Quantos te envergaram, minha velha camisola! Quantas alegrias nos deste, quantos desgostos nos causaste!

Descobre-te, Mocidade, e curva a cabeça quando a vires passar, porque passa qualquer coisa que merece o teu respeito e o teu reconhecimento – são três gerações de abnegação, de sacrifícios, de perseverança e preocupações, visando somente o teu benefício.

Quando a envergares, lembra-te do que ela significa e da responsabilidade que pesa sobre ti.

Não é só defendendo-a de dentes cerrados e lágrimas nos olhos – como nós fazíamos – que cumpres o teu dever. Incumbe-te mais: honrá-la com o teu porte, o teu brio e a tua dignidade. Se o não souberes fazer, despe-a, porque não foi feita para ti.

camisola-verde-branca-bipartida